Advogado de Antonio Carlos entrega defesa por escrito a Juvêncio
O advogado do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), José Gerardo Grossi, entregou ao presidente do Conselho de Ética e decoro Parlamentar, senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), às 16h, a defesa por escrito do senador baiano, acusado de ter ordenado escuta clandestina de telefones na Bahia com a estrutura técnica da Secretaria de Segurança do estado. O advogado não quis antecipar os termos da defesa, nem os argumentos de Antonio Carlos.
A defesa do senador tem 50 páginas, com mais 30 de documentos anexos, e será lida durante a reunião do Conselho de Ética, a partir das 17h30. O senador Juvêncio da Fonseca disse que a defesa por escrito é um direito do senador, já que não há um processo em curso, apenas uma instrução sumária em que se vai decidir se será aberto o processo. Juvêncio não quis emitir opinião sobre a conveniência da defesa por escrito, em vez de um depoimento oral diante do conselho. -O senador tem todo o direito de decidir como apresenta a sua defesa, porque não há um processo formal-, explicou o presidente do Conselho de Ética.
Logo após a entrega do documento de defesa de Antonio Carlos, ocorreu um incidente na porta do gabinete de Juvêncio da Fonseca. Doze deputados estaduais baianos da oposição entregaram ao presidente do Conselho de Ética um dossiê com denúncias contra o senador Antonio Carlos, além de um pedido formal de cassação do mandato. No mesmo instante, um homem que se identificou como funcionário público estadual da Bahia interpelou aos gritos os deputados estaduais, chamando-os de -mentirosos- e -canalhas-, enquanto Juvêncio da Fonseca era retirado do tumulto por assessores.
15/04/2003
Agência Senado
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