Aftosa: Marcon diz que medidas propostas pelo governo federal já são adotadas no RS



O deputado Dionilso Marcon (PT) avalia que a maior parte das medidas de combate à febre aftosa, apresentadas pelo Ministério da Agricultura em audiência pública da Comissão de Agricultura e Cooperativismo nesta quinta-feira, dia 8 de março, já estão sendo adotadas pelo governo do Estado. Conforme o parlamentar, as principais medidas propostas pelo governo federal – barreiras sanitárias nas fronteiras, barreiras móveis e patrulhamento dos rios – já foram colocadas em prática no Rio Grande do Sul desde o ano passado. Marcon considera que as propostas do governo do Estado para combater a doença são mais abrangentes e eficazes do que as ações do governo federal. Ele cita o empenho do governo gaúcho na revisão do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, estabelecendo um prévio nivelamento geral das condições sanitárias do País e terminando com a guerra sanitária existente entre os estados. O governo do Rio Grande do Sul defende também a formalização de um plano continental de combate à aftosa, que inclua todos os países e seja coordenado pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa. “Só assim será possível combater de fato a doença. Do contrário, a proximidade geográfica e as fronteiras secas com países em que há ressurgimento ou focos endêmicos da doença podem tornar os esforços nacionais insuficientes”, argumenta. O parlamentar defende também a adoção de controle sanitário unificado entre o Rio Grande do Sul e a União, mediante a implantação e financiamento de uma unidade pesquisa no Estado, com reconhecimento como laboratório de referência, possibilitando o diagnóstico de doenças do rebanho. Falta de Controle – Marcon considera que o governo federal não tem dado a devida atenção ao problema da aftosa. Ele lembra que, desde o ressurgimento de focos da doença no Uruguai em 2000, o Executivo gaúcho procurou formalmente o governo federal por sete vezes, solicitando o controle federal da fronteira, sem ter sido atendido. “Só quando surgiram problemas na Argentina, o governo FHC começou a se mexer e decretou o fechamento das fronteiras”, frisa. O deputado afirma ainda que a doença só não avançou pelo território nacional porque o governo gaúcho intensificou a fiscalização, com a instalação de mais duas barreiras fixas de contenção de desinfecção e 18 barreiras volantes. Além disto, 50 médicos veterinários, 83 auxiliares e quase 50% da frota de veículos da Secretaria Estadual de Agricultura foram disponibilizados para o combate à doença.

03/08/2001


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