Agricultura: Pesquisadores apresentam estudos sobre pupunha e couve-flor em Congresso
Projeto apresentado durante o evento, visa identificar insetos que podem ser polinizadores das matrizes de pupunha
A 46ª edição do Congresso Brasileiro de Olericultura, realizada no final do mês de julho, em Goiânia, contou com a apresentação de dois trabalhos de pesquisadores científicos da Apta Regional, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A pesquisadora Valéria Augusta Garcia, do Pólo Regional do Vale do Ribeira, apresentou o “Estudo preliminar da Entomofauna associada à inflorescência da pupunheira no Vale do Ribeira”. Além dela, a também pesquisadora Mônica Sartori de Camargo, do Pólo Regional do Centro Sul, apresentou o trabalho “Adubação com Nitrogênio e Boro, a Podridão Parda e a Produção do Couve-flor ‘Sharon’ na Região do Tietê, SP”.
O evento recebeu inscrições de 872 trabalhos de pesquisadores científicos de todo o País, mas apenas 60 foram selecionados para as apresentações orais durante os dias de atividades, sendo esse um dos principais eventos sobre o tema no Brasil.
Segundo a pesquisadora Valéria Augusta Garcia, o projeto apresentado durante o evento, visa identificar insetos que podem ser polinizadores das matrizes de pupunha, visto que a falta deles é um dos problemas para se produzir sementes viáveis. Cerca de cinco mil insetos foram separados e catalogados por ordem, e depois enviados ao Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo para fazer a análise de espécies. De acordo com a pesquisadora, até hoje, só há trabalhos sobre insetos polinizadores da pupunha na Costa Rica. No Brasil, o trabalho foi iniciado pela pesquisadora científica do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Marilene Bovi, que está orientando o projeto no Pólo Regional do Vale do Ribeira.
Essa primeira fase do trabalho deve ser concluída em dezembro de 2007, e vai identificar as espécies polinizadoras que podem contribuir com o aumento da produção de sementes de pupunha das propriedades. Futuramente, a intenção dos pesquisadores é reproduzir essas espécies em laboratório, e colocá-las nas áreas, e assim ajudar o produtor rural a aumentar sua receita, com a venda de sementes e produção de mudas.
Couve-Flor
A pesquisadora Mônica Sartori de Camargo está estudando uma maneira de diminuir as perdas dos produtores rurais que cultivam a couve-flor. Segundo Mônica, durante o verão, a cultura pode apresentar problemas na qualidade dos produtos, causado por uma anomalia ou distúrbio nutricional, chamada podridão parda.
“Vários trabalhos já tentaram provar que esses sintomas encontrados na couve-flor são provocados pela deficiência de Boro, mas há outros fatores que interferem nesse processo. Poucos trabalhos foram realizados com as variedades brasileiras, que podem apresentar diferenças quanto à susceptibilidade à podridão parda. Além disso, a maioria dos trabalhos foi realizada e que pode ter influência na questão”, explicou Mônica.
A primeira etapa do projeto já está em fase de análises químicas. A segunda etapa deve começar em breve, com experimentos nas propriedades dos agricultores da região de Porto Feliz e que apresentou expressividade na produçã
09/11/2006
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