Agripino: avaliação do governo cai por falta de cumprimento de promessas
O líder do PFL, senador José Agripino (PFL-RN), atribuiu à falta de cumprimento de promessas a queda de 5% na avaliação positiva do governo federal, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e Instituto Sensus e publicada nesta quarta-feira (23) pela imprensa. Agripino disse que o resultado é um -sinal vermelho- para o governo, que, em sua avaliação, caminha para a avaliação negativa. Para o senador, o resultado é óbvio, uma vez que há apenas fatos negativos na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
- O governo não está cumprindo os compromissos de campanha nem os do início de governo. E tem meios para isso. Os R$ 4 bilhões para o saneamento básico ficaram até agora na promessa. O Fome Zero ninguém nem ouve falar. As estradas estão esburacadas, o primeiro emprego não passou da promessa, as enchentes acontecem e em contrapartida nenhuma ação efetiva. Teve também a questão política de policiamento de liberdade de imprensa. Claro que isso puxa a avaliação do governo para baixo - argumentou.
Agripino afirmou ainda que a queda do governo deve-se à elevação da carga tributária. Ele lembrou que a majoração da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), cobrada principalmente sobre os produtos importados, tem tido participação importante na elevação global da carga tributária no país. Agripino lembrou que o PFL votou contra a elevação do percentual dessa contribuição e alertou o governo na época de que haveria aumento da carga tributária. Em um ano, observou ele, houve elevação de 40% na arrecadação desse imposto.
O líder do PFL criticou sobretudo a pressão que o governo federal estaria exercendo sobre os deputados para que rejeitem o valor de R$ 275 aprovado pelo Senado para o salário mínimo.
- O governo está tentando impor aos deputados a retirada dos R$ 15 assegurados pelo Senado. Por conta disso tudo é que a avaliação do governo está caindo. Como um cidadão pode dizer nas ruas que o governo vai bem? Quero fazer um alerta ao país. Não é possível que o governo vá obrigar a sua base a baixar o salário mínimo. Trata-se agora de impor humilhação à Câmara - afirmou.
23/06/2004
Agência Senado
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