Agripino cobra explicações sobre uso de cartão corporativo
O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), manifestou sua indignação diante de "indícios claros" de que o cartão corporativo da Presidência da República foi usado em São José dos Campos (SP) para pagar gastos de cunho eleitoral. Ele lembrou já ter feito inúmeras cobranças sobre uso indevido desses cartões por autoridades do governo Lula.
Segundo Agripino, se o uso eleitoral do cartão for realmente comprovado, isso configurará crime eleitoral, fato que, em sua opinião, exigirá do presidente Lula uma atitude firme, exemplar e célere de apuração e punição dos culpados.
- Se isso não acontecer, vamos propor a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para abrir esse cadáver insepulto do cartão corporativo, eivado de irregularidades, para expor, à opinião pública, o que realmente existe dentro dele - afirmou.
Frustração
Para Agripino, o segundo governo Lula representará uma frustração para as expectativas dos brasileiros e do mundo inteiro, porque o presidente não será mais novidade e certamente não conseguirá cumprir a maior parte de suas promessas "irreais". A oposição exercerá seu papel constitucional, que é cobrar o que foi prometido e fiscalizar as ações do governo, acrescentou.
O senador criticou o que qualificou de aparelhamento do Estado com a colocação de pessoas sem qualificação adequada em postos públicos, dizendo que esse comportamento gera ineficiência e corrupção. Segundo o líder, medidas desse tipo não atraem investimentos privados, nem nacionais nem internacionais.
Ao comentar os recentes números relativos ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) apurados pela ONU, mostrando que as condições de vida no Brasil melhoraram bem menos do que em países vizinhos como Argentina, Chile e Uruguai, em 2005, o líder afirmou que tais dados representam a falência das políticas públicas do governo Lula.
Para uma administração que fez uma opção declarada pelo social, observou Agripino, esses números relativos à saúde, à educação e ao saneamento mostram que as ações do governo foram reprovadas internacionalmente.
O Brasil está perdendo o bonde da História - concluiu o líder do PFL.10/11/2006
Agência Senado
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