Agripino critica gestão do governo no setor de energia e cobra explicações sobre Petrobras



O senador José Agripino Maia (DEM-RN) criticou nesta quinta-feira (20) o governo por ter de desembolsar R$ 20 bilhões nesse ano para manter o valor das tarifas de energia. E tudo isso, disse, por motivos demagógicos e eleitoreiros. O parlamentar afirmou em Plenário que esse dinheiro poderia ser investido na construção das linhas de transmissão para levar aos consumidores a energia eólica produzida no Nordeste, evitando, assim, o risco que o país corre hoje de ter apagão e racionamento.

- Mas seria tão mais fácil, se a Chesf, que é uma estatal, exibisse competência e tivesse completado o Linhão. Esse Linhão estaria injetando nas linhas de distribuição de alta tensão perto de uma Itaipu de energia elétrica da Bahia, do Rio Grande do Norte, do Ceará, em energia elétrica muito mais barata do que a termelétrica. Muito mais barata, poluição zero, e com investimento já feito pelo setor privado - afirmou, em Plenário.

O senador ainda lembrou que o marco regulatório do setor elétrico, aprovado recentemente pelo Congresso Nacional, inibe investimentos por remunerar com tarifas mais baixas novos empreendimentos em usinas hidrelétricas. A legislação, proposta pelo governo, não teve os resultados previstos no que se refere à instalação de pequenas centrais hidrelétricas.

Petrobras

Agripino cobrou explicações do governo sobre a compra da refinaria de petróleo em Pasadena, nos Estados Unidos.

Ele lembrou que a refinaria foi, inicialmente, comprada por US$ 42 milhões. Posteriormente, a Petrobras adquiriu metade dessa refinaria por US$ 320 milhões. E, pelo contrato, a companhia brasileira foi ainda obrigada a pagar pouco mais de US$ 800 milhões pela outra metade da refinaria.

E essa transação foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, à época presidido por Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil, lembrou José Agripino.

Ele acrescentou ainda que o negócio foi prejudicial à Petrobras e se soma a outras medidas que colocam em risco as contas da empresa, como o uso da companhia para segurar a inflação por meio de subsídios para manter baixo o preço dos combustíveis.

- A presidente da República decidiu pela compra da Petrobras com base em relatórios de qualidade que ela disse que não dispunha e que a diretoria da Petrobras afirma hoje que já estavam disponíveis e que, seguramente, o conselho de administração, ao decidir pela compra, tinha conhecimento desses competentes relatórios.



20/03/2014

Agência Senado


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