Agripino comemora um ano de oposição com discurso em Plenário



Declarando ser -muito difícil fazer oposição a um governo tão popular-, o líder do PFL, senador José Agripino (RN), marcou com um discurso nesta quinta-feira (30) os 12 meses da -opção oposicionista- do partido. Além de fazer comentários sobre a atuação do PFL e do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Agripino leu o documento -Compromisso da Oposição - A esperança por um tempo de menos impostos e mais empregos-, comemorativo do anúncio da escolha do caminho anunciado pelo partido em 30 de outubro de 2003, três dias depois da eleição de Lula para a Presidência da República.

O senador lembrou que há um ano o PFL assumiu a tarefa de fazer oposição, mas de maneira responsável e com um caráter fiscalizador. Essa atitude seria oposta à do PT, que antes de ganhar as eleições teria atacado o governo com objetivos meramente eleitorais, fazendo o jogo do -quanto pior melhor-.

O PFL, na visão de seu líder, não poderia escolher outra via, uma vez que as idéias defendidas pelo PT eram a antítese das do PFL. Agora, Agripino se diz surpreso porque o PT, antes contrário a acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), hoje estreita relações com aquele organismo. E, tendo combatido a reforma da Previdência proposta pelo governo Fernando Henrique, está fazendo passar no Congresso um texto muito mais duro.

-Quando um governo eleito com promessas de acabar com a pobreza e criar empregos esquece seus compromisso e passa a viver unicamente da propaganda, algo está errado-, diz o documento, elaborado e anunciado com o objetivo de qualificar o partido ao -julgamento do povo-.

Agripino foi cumprimentado, em aparte, pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), a quem o líder do PFL expressou o sentimento de fraternidade que une os dois partidos. Também cumprimentaram Agripino os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Sibá Machado (PT-AP), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Eduardo Suplicy (PT-SP). Este último agradeceu à oposição por -chamar a atenção do governo- para problemas como o desemprego.



30/10/2003

Agência Senado


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