Mercadante diz que crescimento tira discurso da oposição
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), leu da tribuna várias manchetes de jornais dos últimos dias, todas registrando crescimento da economia, aumento do emprego e do otimismo empresarial e recorde de exportações, para sustentar que os partidos de oposição “perderam o discurso”. Por isso, afirmou, os oposicionistas têm se concentrado nos casos dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb. Os dois vêm sendo acusados, em reportagens, de sonegação fiscal. - Está acontecendo tudo que a oposição dizia que nunca ocorreria no governo Lula. Isso os incomoda, mas o Congresso não pode deixar de discutir a fundo uma agenda nacional que ajude a sustentar o crescimento da economia. O Congresso tem de terminar a reforma tributária e a reforma do Judiciário. O Senado tem de votar o projeto das parcerias público-privadas. A oposição não pode brigar com os fatos e querer limitar a agenda do país – sustentou. Mercadante pediu que os oposicionistas não condenem os presidentes do Banco Central e do Banco do Brasil sem comprovação de fatos. - Vamos chamar o Cássio Casseb e o Meirelles, mas que eles falem também dos bons resultados econômicos que estão ajudando a consolidar - sugeriu. Depois de informar que esteve no final de semana em 25 municípios, o líder petista assinalou que “as ruas estão aplaudindo a volta do emprego e do crescimento”. - A oposição tem o direito de cobrar atitudes dos homens públicos, mas não podemos nos esquecer que Henrique Meirelles foi fiscalizado, quando presidente de Banco no Brasil e nos Estados Unidos, por autoridades bancárias brasileiras e norte-americanas. Pedir a demissão de homens públicos sem direito de defesa não é aceitável – continuou o líder governista. As manchetes de jornais lidas por Aloizio Mercadante informam que a taxa de desemprego caiu por dois meses seguidos, o crédito aumentou 16%, a ocupação da indústria subiu para 83% (a mais alta em quase dez anos), as vendas industriais cresceram 20%, os empresários já programam investimentos, as exportações bateram o recorde de US$ 90 bilhões nos últimos 12 meses e o saldo da balança de comércio do Brasil chegou a US$ 30 bilhões, o mais alto da história do país. - Quantas vezes a oposição disse que o país não tinha rumo? O rumo está aí. É o do crescimento, do emprego, dos gastos sociais. Cabe agora ao Congresso fazer a sua parte. O projeto das PPPs (parcerias público-privadas) é fundamental na agenda nacional – arrematou o líder do governo no Senado.
03/08/2004
Agência Senado
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