Agripino defende FHC dizendo que ele não cometeu crime eleitoral e aponta viés autoritário do PT
- Não se tem notícia de que Fernando Henrique tenha cometido um crime eleitoral no exercício da Presidência da República, como este cometido por Lula, que gastou dinheiro público para ir a uma inauguração de obra e pedir votos para sua candidata em São Paulo - declarou Agripino, para quem Fernando Henrique não participou da última campanha para as eleições municipais justamente porque prefere não participar diretamente do processo político. Não por falta de prestígio.
O pefelista criticou também a reunião de Lula, no Palácio do Planalto, com os prefeitos eleitos pelo PT, logo após o primeiro turno das eleições.
- Confunde-se o público e o privado. É aí que se planta uma estrela do PT nos jardins do Alvorada. O que preocupa demais a nós, democratas, é o viés autoritário do atual governo - afirmou.
O discurso de Agripino foi apoiado pelos senadores Edison Lobão (PFL-MA) e Heráclito Fortes (PFL-PI). Lobão elogiou a figura do ex-presidente da República, a quem considera "um dos maiores estadistas da história do país". Heráclito criticou Mercadante afirmando que "essa arrogância do Mercadante não é novidade, mas é inorpotuna". Ambos elogiaram a política econômica do governo, que estaria repetindo as diretrizes do governo anterior.
Impostos
Já Agripino cobrou ainda a diminuição da carga tributária, prometida pelos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, caso ficasse comprovado o aumento dos impostos.
- Eles prometeram que iriam propor, eles mesmos, diminuição dos impostos, caso fosse provado que sua política aumenta a carga. Está mais do que comprovado que houve o aumento da carga tributária. Então coloco aqui este desafio - disse o senador.
O líder do PFL revelou também que seu partido solicitará informações sobre denúncia publicada nesta quarta-feira (6) no jornal Correio Braziliense, segundo a qual a Oscip Movimento Brasil Competitivo teria dois contratos sem licitação com o governo federal, no valor total de R$ 2,5 milhões.
07/10/2004
Agência Senado
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