Para Althoff, Eurico Miranda cometeu crime eleitoral
- Fica caracterizado o crime eleitoral a partir do momento em que ele usou recursos das contas de Aremithas para pagamento de despesas de sua campanha e de outros candidatos - afirmou Althoff.
Além do crime eleitoral, o relator interpreta que as informações obtidas pela CPI ainda permitem o enquadramento de Eurico em crimes de falsidade ideológica, contra a ordem tributária e de apropriação indébita, já que o dinheiro usado na campanha eleitoral pertencia originalmente ao Vasco.
- Esse fato espelha o desmando no futebol nacional e mostra que temos que alterar a legislação para que esses acontecimentos não se repitam. O mais importante do nosso trabalho na CPI não é desqualificar ninguém, mas propor mudanças na lei para que o futebol possa se organizar como importante atividade econômica que é - disse o relator.
Ele destacou que as conclusões foram possíveis somente com a quebra do sigilo de Aremithas, mas a CPI já identificou outras pessoas que podem ter agido como "laranjas" de Eurico Miranda. Porém, Althoff acredita que, por falta de tempo, a CPI não conseguirá analisar todas as contas suspeitas e que irá encaminhar as suspeitas para que o Ministério Público continue as investigações.
Althoff disse que ainda pretende obter as informações bancárias da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ), Eduardo Viana, conhecido como "caixa d"água", que, segundo o relator, foi "o grande dificultador dos trabalhos da CPI".
O relator esclareceu que o encaminhamento das informações obtidas à Procuradoria Geral da República obedece à determinação da CPI de apresentar as denúncias à medida em que os fatos surjam. A CPI já havia levado ao Ministério Público outras denúncias contra Eurico e contra o presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva.
08/06/2001
Agência Senado
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