Agripino diz que é candidato a presidente do Senado para iniciar movimento de revalorização do Congresso



O líder do PFL no Senado, senador José Agripino (RN), prometeu, caso seja eleito presidente do Senado, liderar um movimento de revalorização e de retomada da capacidade de iniciativa da Casa e do Congresso Nacional. Para Agripino, o grande número de medidas provisórias (MPs) enviadas pelo Poder Executivo está fazendo o Poder Legislativo agir apenas reativamente. Ele expôs as razões e propostas de sua candidatura à Presidência do Senado em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (18).

Na interpretação do senador, o excesso de MPs "retira do Congresso Nacional o fôlego" para discutir e analisar os grandes temas da sociedade, como a segurança pública, a retomada do crescimento econômico, a geração de emprego e também as reformas sindical e trabalhista. Quanto à questão do aumento dos salários dos parlamentares, Agripino disse apoiar o reajuste que se limite apenas à correção inflacionária dos últimos quatro anos.

- O Congresso precisa recuperar a capacidade de tomar iniciativas. O Congresso está hoje reativo. É preciso que ele seja ativo, que represente a sociedade. Eu não desejo um pedaço de poder, desejo que o Congresso Nacional seja uma porta aberta para os reclames da sociedade - afirmou.

Agripino também disse que se for eleito implantará o critério da rotatividade na distribuição das relatorias de medidas provisórias. Com isso, analisou o senador, "matérias polêmicas" terão como relatores tanto senadores da base do governo quanto da oposição. Além disso, Agripino propõe que se estabeleça um "filtro competente" quando do exame dos pressupostos de urgência, relevância e constitucionalidade das medidas provisórias. Com essas medidas o senador espera diminuir o número de MPs enviadas pelo Executivo, pois algumas delas teriam parecer contrário, devido à falta de urgência ou relevância do tema tratado.

- O Congresso precisa ser forte para merecer respeito. Congresso submisso é Congresso de 'mensalão', de 'sanguessuga'. Desejo que o Congresso seja revalorizado para ter mais fôlego para combater a improbidade administrativa e debater o fundamental para o país: emprego, educação, retomada do crescimento, segurança - afirmou o líder do PFL.

Agripino disse já ter o apoio do PSDB para sua candidatura, mesmo sem o apoio do PFL ao candidato tucano à Presidência da Câmara dos Deputados, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). Agripino afirmou que o PFL se comprometeu com a reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) já há alguns meses, antes da candidatura de Fruet. Se essa candidatura tivesse saído mais cedo, explicou o senador, o PFL apoiaria Fruet. Caso o PFL retire o apoio a Aldo agora, explicou Agripino, a vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP) estaria garantida.



18/01/2007

Agência Senado


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