Agripino reclama do governo votação da PEC paralela, queda dos juros e estruturação da Adene



Quando o presidente do Senado, José Sarney, voltar ao trabalho na próxima semana, o líder do PFL, José Agripino (RN), irá propor-lhe que reúna os líderes partidários para montarem uma estratégia destinada a convencer os deputados federais a votarem, ainda no período de convocação extraordinária, a proposta de emenda à Constituição nº 77 - a chamada PEC paralela. Essa proposta de emenda amenizou os termos da PEC nº 67, que instituiu a reforma da Previdência.

Na opinião de Agripino, Sarney deveria falar com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, sobre o assunto, lembrando ao deputado do PT que a aprovação na Câmara do texto integral aprovado no Senado é um compromisso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

- O Congresso foi convocado extraordinariamente tendo como objetivo principal a votação da PEC paralela. Não posso acreditar que o governo vá descumprir sua promessa - disse Agripino, com apoio do senador Paulo Paim (PT-RS).

O senador pelo Rio Grande do Norte também pediu ao governo a retomada do corte nas taxas de juros, de modo a viabilizar a volta dos investimentos, com reflexos positivos sobre o emprego. Ele lamentou a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter os juros em 16,5% ao ano.

O pedido de demissão de Tânia Bacelar, responsável pela estruturação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), criada para substituir a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), foi outro assunto abordado pelo senador nesta quinta-feira (22). Agripino acredita que Tânia decidiu se demitir por não encontrar os meios para realizar sua tarefa. O senador pregou a necessidade de a Adene adotar um modelo moderno de aplicação de recursos internos e externos, de modo a que cada estado exerça sua melhor vocação econômica.



22/01/2004

Agência Senado


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