Efraim: não votação da PEC paralela será o fim do governo Lula
O líder da minoria no Senado, Efraim Morais (PFL-PB), afirmou que, caso a Câmara dos Deputados não vote a chamada PEC paralela (proposta de emenda à Constituição que muda a reforma da Previdência promulgada no final do ano passado), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá acabar juntamente com a convocação extraordinária do Congresso Nacional, no dia 13 de fevereiro.
Efraim comentou notícia publicada nesta quarta-feira (21) por diversos diários brasileiros, relatando que o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou, em encontro com lideranças do Congresso, que o governo recuou e não quer mais a aprovação da PEC paralela.
- A PEC paralela diminui os danos causados à sociedade brasileira, em especial ao funcionalismo público. Ela vai ser votada porque, se não o for, o governo Lula acaba nesta convocação. O presidente Lula vai ter de mandar votar, mesmo contra a vontade de José Dirceu - afirmou o líder da oposição.
Efraim afirmou que os senadores que apóiam o governo e que assumiram compromissos pela aprovação da PEC paralela não têm qualquer culpa se ela não for aprovada, como também não têm os deputados que deveriam votá-la.
- Se a PEC paralela não for votada, a única responsabilidade é de quem convocou o Congresso Nacional, o presidente Lula - acusou. O parlamentar leu ainda artigo do jornalista Elio Gaspari publicado no jornal Folha de S. Paulo no qual critica a compra de um avião Airbus para a Presidência da República por R$ 160 milhões.
Em aparte, o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) afirmou que a mídia tem criticado o Congresso Nacional pela convocação extraordinária, quando, na verdade, o Congresso foi convocado pelo presidente Lula. Já o senador Demostenes Torres (PFL-GO) disse que o governo não tem cumprido seus acordos e, assim, tem desmoralizado sistematicamente seus interlocutores.
21/01/2004
Agência Senado
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