Agripino repudia boatos de adiamento da votação da CPMF



Ao comentar notícias veiculadas na Internet nesta segunda-feira (10), o senador José Agripino (DEM-RN) disse que um adiamento da votação da proposta que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira ( CPMF) até 2011, que deve ser analisada nesta terça-feira (11), poderá comprometer os entendimentos mantidos na semana passada entre o governo e a oposição para análise da matéria.

- Isso seria o fim. Está em jogo a palavra do governo, que tem acenado com um mundo de promessas. O adiamento seria a quebra do último elo entre o governo e aqueles que poderiam querer algum tipo de negociação. Estaria quebrada a credibilidade da palavra. Era para ter votado na quinta-feira passada, mas o Plenário foi esvaziado pelo governo, que não teria voto - disse.

Agripino disse que o país vem exigindo uma definição imediata sobre a prorrogação da cobrança do tributo. Segundo ele, um novo esvaziamento do Plenário nesta terça-feira vai desmoralizar a palavra do governo e o próprio Senado, que estaria preparado para o exame da matéria.

- O governo teve todas as instâncias para convencer os 49 senadores que precisa para aprovar a CPMF. Usou todos os argumentos e chantagem emocional. Estive no interior do Rio Grande do Norte e os apelos que me chegavam eram para que votássemos contra a prorrogação da CPMF - relatou Agripino, referindo-se a alguns municípios percorridos neste fim de semana em seu estado.

Agripino voltou a cobrar do líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a votação da proposta de emenda constitucional (PEC 89/07) que prorroga a cobrança da CPMF nesta terça-feira (11).

- Se fala em adiar, é porque o governo não tem voto, não encontrou argumentos, que estão com quem quer encerrar a cobrança da CPMF. Se não votar amanhã, não venham com promessas e pactos. Ou vota-se amanhã ou esquece-se o pacto. Quem quebra a palavra por duas vezes não tem a menor condição de criar expectativa alguma para aprovar um imposto que o povo não quer - concluiu.



10/12/2007

Agência Senado


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