ALCÂNTARA ACREDITA QUE FHC E ITAMAR CONVERSARÃO NO PRÓXIMO DIA 17



Dado que o presidente da República e o governador de Minas Gerais não querem assumir a iniciativa de procurar o outro para conversar sobre a moratória do pagamento da dívida pública mineira para com a União, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) disse nesta terça-feira (12) estar confiante em que ambos, "como bons amigos e responsáveis que são", acabarão por se encontrar naturalmente na inauguração de uma fábrica da Mercedes-Benz, em Minas, no próximo dia 17. - O princípio federativo exige o diálogo, mesmo que este seja duro, e não o confronto - justificou.Para Alcântara, há casos de estados que dissiparam recursos, de estados que utilizaram o dinheiro resultante de privatizações em custeio e pagamento da folha de pessoal, de outros que elevaram suas despesas com o funcionalismo e de estados que "agiram com moderação e se preveniram para essa temporada de restrições". Mesmo reconhecendo o esforço da União na rolagem das dívidas dos estados, "aparentemente em condições excepcionais", a seu ver, as elevadas taxas de juros teriam complicado bastante a situação financeira de vários estados.- Vivemos um momento de hegemonia da moeda e de ortodoxia financeira - observou. Apesar disso, o senador considera incompreensível que estados como Ceará e Bahia, com finanças saneadas, estejam sendo agora impedidos pelo governo federal de aplicar recursos advindos de privatizações na instituição de fundos previdenciários para o funcionalismo, como o governo do Ceará pretendia, por exemplo.QUESTÃO NORDESTINA Lúcio Alcântara também abordou dois problemas que, aparentemente restritos aos interesses nordestinos, seriam, na verdade, problemas nacionais. Um deles, a extinção do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), prevista em medida provisória do dia 1º de janeiro, segundo o senador foi revertida "por vigoroso movimento na região", cujas ponderações de suas lideranças teriam sido, na opinião do parlamentar, acolhidas pelo governo federal. A medida não constará da reedição da MP, anunciou Alcântara. A situação da Sudene é outro motivo "de apreensão e insatisfação" no Nordeste, disse, pois os recursos orçamentários alocados à instituição em 1999 atingiram o nível mais baixo dos últimos anos.

12/01/1999

Agência Senado


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