Alcântara aplaude campanha da fraternidade e pede pressa para projeto
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), em aparte, comprometeu-se a ser o porta-voz de Alcântara na Comissão de Educação, da qual é integrante, para acelerar a tramitação do projeto já na próxima reunião. Suassuna afirmou que as drogas legais, como bebidas alcoólicas e cigarros, talvez sejam até piores, pois custam caro à saúde pública e atingem mais as famílias. Ele defendeu a educação e uma polícia eficiente como instrumentos de combate às drogas no Brasil.
Alcântara concordou com Suassuna e lembrou da luta travada pelo ministro da Saúde, José Serra, contra a indústria do fumo e sua revelação, ao Congresso Nacional, da quantidade de dinheiro que se gasta no setor de saúde pública com o tratamento de doenças causadas pelo fumo. O senador cearense também disse que crianças de 13 anos já se estão iniciando na bebida alcoólica e alertou para os danos à saúde que terão no futuro. "As pessoas não sabem o quanto é penoso e trágico lidar com o alcoolismo", assinalou.
Na avaliação de Alcântara, é grande o risco de dissolução da sociedade e do comprometimento do governo por um poder paralelo organizado pelo narcotráfico. Para exemplificar, o senador citou o caso da Colômbia que, hoje, está dividida entre quatro grupos de poder, o Estado, os paramilitares, os guerrilheiros e os narcotraficantes. O problema, afirmou, não é só dos governos, mas da sociedade, que precisa mobilizar-se para combatê-lo e apontar soluções.
10/04/2001
Agência Senado
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