ALCÂNTARA DESTACA AVANÇOS DE ENCONTRO SOBRE CLIMA EM HAIA
Segundo Alcântara, o mecanismo irá gerar unidades de redução certificada de emissões (RCE), originadas em projetos nos países em desenvolvimento, com as quais os países industrializados poderão contar para o cumprimento de seus compromissos de redução de emissão. "O MDL funcionaria como uma espécie de câmara de compensação de poluentes", explica. Dessa forma, países industrializados poderão comprar quotas de poluição como contrapartida a investimentos em projetos de reflorestamento e outras iniciativas, inclusive de ordem energética, que tendam a reduzir o efeito estufa.
O senador também alertou para a necessidade de impedir que o MDL seja utilizado apenas como um meio para diminuir custos dos países industrializados na redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
- É indispensável que sejam carreados recursos em benefício dos países mais pobres, propiciando a essas nações desenvolvimento social mais justo. Todos os modelos climáticos demonstram que os efeitos mais brutais e mais devastadores do aquecimento global têm e terão conseqüências muito mas graves sobre as populações mais pobres do planeta - argumentou.
O encontro em Haia só foi possível, de acordo com o senador, porque foram superados numerosos impasses e conflitos de interesses entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Assim, relatou, chegou-se a um "princípio da precaução", que possibilitará a restrição de atividades capazes de causar danos graves ou irreversíveis ao meio ambiente, especialmente no que diz respeito ao aquecimento global, causado pelo uso de combustíveis fósseis na indústria, agricultura e transporte.
07/12/2000
Agência Senado
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