Alcântara destaca importância da luta contra o preconceito e a intolerância
- Considerar a discriminação como derivada da intolerância nos leva a buscar uma posição pessoal, individual, de cada cidadão. Ou seja, não se trata apenas de definir uma política pública, como a de cotas para negros nas universidades. Trata-se de buscar um compromisso de toda a sociedade - disse.
Lúcio Alcântara citou pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) segundo a qual os brancos constituem 54% da população brasileira e os negros 45%; entre os 10% mais pobres, 70% são da raça negra. Considerando a população com mais de 15 anos, as taxas de analfabetismo são de 8,3% para brancos e 19,8% para negros. Ainda de acordo com o estudo, entre as crianças que trabalham, 62% são negras.
Em seu discurso, o senador disse ainda que o Dia Internacional da Tolerância, comemorado no último dia 16 é importante para aceitar o fato de que os seres humanos - que se caraterizam naturalmente pela diversidade de seu aspecto físico, de sua atuação, de seu modo de expressar-se, de seus comportamento e de seus valores - têm o direito de viver em paz e de ser tais como são. A tolerância, acrescentou, deve ser praticada pelos indivíduos, pelos diferentes grupos étnicos e pelo Estado.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou Lúcio Alcântara, a intolerância pode se reverter em marginalização dos grupos vulneráveis e na exclusão destes de toda a participação na vida social e política, além de gerar violência e discriminação.
21/11/2001
Agência Senado
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