CNBB destaca-se na luta contra a opressão da miséria, afirma o senador Alcântara



Entre os oprimidos e os excluídos dos sistemas de poder, a CNBB, na opinião do senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), é vista como um pólo de resistência. Principalmente após o golpe de 1964, quando recebeu denúncias de tortura por todo país, disse o senador, a entidade demonstrou com maior intensidade a sua vocação para o atendimento dos aflitos.

- Nos anos 60, a CNBB convergiu para uma postura mais política que meramente contemplativa. Não deixou de prestar socorro aos perseguidos, abrigando-os no discurso e na prática religiosa, denunciando os exageros e as excrescências do regime de exceção - afirmou Alcântara, em sessão especial realizada nesta quinta-feira (23).

O senador registrou ainda que a entidade foi responsável por um processo de modernização da Igreja Católica, acompanhando as transformações culturais registradas no mundo depois da II Guerra Mundial. Dessa forma, continuou, a CNBB ocupa um espaço acima das religiões, reunindo aspirações universais como a humanização, no sentido de garantir uma melhor qualidade de vida.

- Quanto mais a sociedade se caracteriza pela democracia e pela liberdade, menos a CNBB se confundirá com uma instituição política. Seu principal objetivo sempre será o da evangelização, sem que isso signifique um afastamento omisso da dimensão política da vida social. A opção preferencial pelos pobres está longe de ser um jargão esquecido, mas transfigura-se em lema permanente - declarou Alcântara.



23/05/2002

Agência Senado


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