Alcântara protesta contra "tarifaço" de energia elétrica
Para Alcântara, a crise de energia é séria, sendo indispensável a colaboração de toda a população. Mas o governo não pode se aproveitar da crise para promover um aumento desmedido de tarifas de energia e tampouco é possível aceitar que as regras de racionamento sejam mais rígidas para o Nordeste do que para o resto do país, enfatizou.
Ele reconheceu ter faltado planejamento ao governo. "Houve desencontros entre investidores e governo, demora na fixação dos preços do gás natural e na construção de termoelétricas. É claro que houve escassez de chuvas, mas esse não foi o fator determinante da crise. Agora precisamos adotar um plano emergencial que depende, fundamentalmente, da colaboração de todos", disse.
Alcântara também lembrou ao Plenário que nesta terça-feira (dia 5) a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública para ouvir o empresário Antonio Ermírio de Moraes e o secretário-geral do Ministério de Minas e Energia, Afonso Henriques Moreira Santos, para debater saídas criativas para a crise.
Segundo o senador pelo Ceará, o governo precisa abrir mão da atual "rigidez financeira" e adotar medidas emergenciais, como comprar termoelétricas flutuantes, zerar alíquotas para a importação de geradores a diesel, bem como adotar programas para aproveitamento de energia solar e eólica (dos ventos), que podem representar uma boa solução para o Nordeste. "Não podemos aceitar que se adotem tarifaços - uma solução fácil -, ao invés de recorrer à criatividade", advertiu Alcântara.
04/06/2001
Agência Senado
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