Alencar destaca convicções democráticas na trajetória política de Pedro Aleixo



A decisão de Pedro Aleixo de se opor à decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), sendo a única voz discordante no Conselho de Segurança Nacional no governo Costa e Silva, foi vista pelo senador José Alencar (PMDB-MG) como mais uma mostra de suas "convicções democráticas". Em vez do fechamento do Congresso Nacional, previsto no AI-5, Aleixo defendia a decretação de estado de sítio, segundo assinalou Alencar, nesta quinta-feira (dia 30), durante homenagem ao centenário de nascimento do político mineiro.

Em seu pronunciamento, José Alencar destacou outros episódios em que o vice-presidente de Costa e Silva assumiu posições de "claro destemor cívico". Na condição de presidente da Câmara dos Deputados, durante o Estado Novo, em 1937, Pedro Aleixo registrou seu protesto contra o fechamento do Congresso em mensagem ao então presidente da República, Getúlio Vargas. Em outubro de 1943, foi um dos signatários do "Manifesto dos Mineiros", que cobrava o fim da ditadura Vargas e a redemocratização do país.

- A probidade e os princípios éticos no trato da coisa pública, o sentimento nacional e a sensibilidade social foram traços dominantes em seu lendário percurso de cidadania - declarou Alencar.

Após registrar passagens da trajetória de Pedro Aleixo como homem público, o senador mineiro não conteve um desabafo: "que falta estão nos fazendo gestos dessa natureza".

30/08/2001

Agência Senado


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