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O senador Alfredo Nascimento (PR-M) comunicou ao Plenário, em discurso nesta terça-feira (6), ter sido inocentado das denúncias de que comandava esquema de desvio de dinheiro público no Ministério dos Transportes, ao tempo em que chefiava a pasta. O parlamentar informou que, depois de dois anos de investigação, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, assinou parecer em que concluiu não haver provas para sustentar denúncia contra o parlamentar.

- Eu não sou lixo! Eu me orgulho de ser homem público -  desabafou,  ao repetir as mesmas palavras ditas quando deixou o cargo de ministro dos Transportes na chamada "faxina ética" do governo federal, no ínício do governo de Dilma Rousseff. À época, ele foi denunciado por, supostamente, receber propina de empresas contratadas pela Valec e pelo Dnit.

Para o Plenário, Alfredo Nascimento relatou como foi o período em que teve a vida e as contas investigadas, além do constrangimento de ver o seu nome divulgado como corrupto na grande imprensa por meses seguidos.

- Passei dois anos encolhido e envergonhado. As pessoas me olhavam e eu baixava a cabeça, mas eu estava sendo acusado injustamente. Eu agora posso olhar nos olhos dos meus colegas senadores, olhar nos olhos dos meus filhos - disse.

O parlamentar lembrou os seus 32 anos de vida pública como secretário de estado e de município, prefeito, ministro e senador pelo Amazonas, afirmando que não cometeu nenhum ato que o desabonasse. Ele disse entender, no  entanto, que todo homem público está sujeito a passar por essa situação.

Sentindo-se agora "resgatado, mas não feliz", o senador também lembrou do trabalho realizado frente à pasta dos Transportes e disse estar com a consciência tranquila e a sensação de dever cumprido.

- Eu estou de cabeça erguida. Sempre exerci os meus cargos na vida pública com muita honradez, com muito cuidado e com muito critério - concluiu.

Durante quase duas horas, Nascimento recebeu inúmeros apartes, de senadores da base do governo e da oposição, em apoio a seu discurso.

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