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Alfredo Nascimento (PR-AM) recebeu, nesta terça-feira (6), os cumprimentos dos colegas senadores após comunicar ter sido inocentado das denúncias de desvio de dinheiro público no Ministério dos Transportes. Depois de dois anos de investigação, frisou o senador, o Ministério Público concluiu pela "ausência de indícios de envolvimento" do parlamentar nas irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria Geral da União (CGU) nas licitações e contratos.

Durante quase duas horas, líderes partidários, parlamentares da base do governo e também da oposição, manifestaram apoio e solidariedade ao senador, que foi apontado pela maioria como um homem público íntegro, competente e dedicado.

Em nome da Mesa do Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) felicitou Alfredo Nascimento por tomar as medidas necessárias e "corajosamente saber esperar".

-  A verdade é única. Pode até demorar algumas vezes, mas ela sempre vem - disse Renan.

Magno Malta (ES), Blairo Maggi (MT) e Ana Amélia (RS), senadores do PR, partido liderado por Alfredo Nascimento, destacaram as qualidades e o trabalho realizado por ele como ministro.

O líder do PT, Wellington Dias (PI) e o líder da oposição, Aloysio Nunes (PSDB-SP) também ressaltaram a capacidade de "gestor eficiente, correto e leal" do senador quando comandava a pasta dos Transportes. Ambos lembraram que foram atendidos com agilidade, garantindo a melhoria das rodovias nos seus estados.

Acir Gurgacz (PDT-RO) também apontou a "honradez de Alfredo Nascimento como homem público" e lamentou a sua saída do ministério.

- As coisas não andaram mais, pararam as obras. Quem perdeu foi o Brasil - disse.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que é testemunha, como aliado e também como adversário político no Amazonas, da vida pública "transparente e responsável" de Alfredo Nascimento.

José Agripino (DEM-RN), lembrou que o senador foi apontado como símbolo da "faxina ética" realizada pelo governo de Dilma Rousseff na época das denúncias. Aécio Neves (PSDB-MG), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Ivo Cassol (PP-RO), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Eduardo Lopes (PRB-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Inácio Arruda (CE), líder do PCdoB, entre outros, afirmaram que o senador foi vítima de calúnia e difamação, e que agora, inocentado, deveria ter direito ao mesmo espaço e destaque que a imprensa deu ao caso no período das denúncias. Para eles, é preciso reparação não só jurídica, mas também do ponto de vista público.

O senador Pedro Taques (PDT-MT) observou que o processo também é instrumento de dignidade, cabendo o arquivamento ao ministro relator do Supremo Tribunal Federal, que retira dos ombros de Nascimento "a carga do pré julgamento".

Os senadores Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB, e  Rodrigo Rollemberg (DF), líder do PSB, afirmaram que a Justiça resgatou a história pública de Alfredo Nascimento.

- Uma pessoa livre do fardo da injustiça, que pode agora celebrar publicamente e ter o reconhecimento de todos os seus pares. Portanto, a sua alegria é a nossa alegria - disse Rollemberg.

Também em apartes, Armando Monteiro (PTB-PE), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Eduardo Amorim (PSC-SE), Zezé Perrela (PDT-MG), Paulo Davim (PV-RN), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Cyro Miranda (PSDB-GO) cumprimentaram o senador pela decisão da Justiça.

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