Alimentação produzida no bioma Amazônia terá destaque em conferência ambiental



Uma amostra do que a floresta amazônica fornece para a alimentação poderá ser conferida – e consumida – na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), após 20 anos da Rio 92 e em pleno ano internacional do cooperativismo, levará produtos dos biomas brasileiros à conferência.

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O espaço, organizado em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e com a Companhia Nacional de Desenvolvimento (Conab), também servirá de local para debates sobre a participação da agricultura familiar nos meios de produção sustentáveis.

O MDA dará espaço para duas cooperativas e uma associação do bioma Amazônia mostrarem ao mundo suas experiências. Gerar renda de forma sustentável é a essência do projeto Reflorestamento Econômico, Consorciado Adensado (Reca), da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores de Rondônia, da Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) e da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), de Juruena, no Mato Grosso. 

"A exposição de produtos oriundos das nossas florestas vai ser muito importante para que o público presente na conferência tenha contato direto com esses produtos e conversando com os expositores, que são os agricultores familiares", afirma o secretário da Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller.

Müller aponta que o evento terá uma rica mostra de produtos - não só do bioma Amazônia, como também Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica -, com grande potencial de consumo e que demonstram a capacidade de gerar renda e ao mesmo tempo preservar, "usando com sustentabilidade a biodiversidade que o Brasil tem, e o conhecimento tradicional do nosso País".

O diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos, enfatiza que a Praça da Sociobiodiversidade, dentro da Rio+20, vai mostrar o potencial das cooperativas na erradicação da pobreza e na adoção de práticas sustentáveis. "Estamos promovendo a geração de renda com a floresta em pé, a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da nossa biodiversidade", afirma Campos.


Diversidade para o mundo

Durante a Rio+20, a Praça da Sociobiodiversidade e outras participações do ministério nas programações paralelas irão mostrar a diversidade brasileira para o mundo; as iniciativas de sustentabilidade da agricultura familiar por meio das ações da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário; e que este setor é estratégico para o desenvolvimento rural sustentável no País.

Segundo Campos, “o que a gente quer na Rio + 20 é fazer com que o mundo possa ter uma ideia que o Brasil é diverso, além de dar visibilidade para o segmento da agricultura familiar, que muitas vezes não é conhecida no exterior e que é tão importante para a economia, para a sociedade brasileira e para o meio ambiente".

Na Praça da Sociobiodiversidade, que estará localizada no Aterro do Flamengo, como parte da programação paralela da Rio+20, estarão 23 empreendimentos de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e produtos do Talentos do Brasil (moda). A praça ficará no espaço Arena Socioambiental, das 12h às 20h.

O diretor observa que o Plano Nacional da Sociobiodiversidade promove, a partir de uma articulação de instrumentos de políticas públicas, de atores sociais, empresariais e governamentais envolvidos com a temática, "a geração de renda com a floresta em pé", a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da biodiversidade brasileira.

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Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário

 

04/06/2012 13:29


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