Althoff anuncia que PFL vota a favor de Henrique Meirelles



O senador Geraldo Althoff anunciou à Comissão de Assuntos Econômicos que o PFL votará a favor da indicação do economista e ex-presidente mundial do BankBoston Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central. Althoff lembrou que seu partido será oposição ao governo eleito, mas de forma respeitável e construtiva, e a recomendação de voto favorável veio do próprio líder do partido, o senador José Agripino (RN).

Althoff disse que o rigor com que Meirelles estava sendo tratado em sua sabatina pela CAE se devia ao mesmo tratamento a que foi submetido o atual presidente, Armínio Fraga, 1.389 dias antes. O senador elogiou Henrique Meirelles, e disse que, como Armínio, é oriundo do mercado, mas com uma diferença: enquanto Armínio Fraga veio de instituição que não estava sob fiscalização do BC, Meirelles vinha exatamente de um banco que está sob fiscalização aqui no Brasil.

O senador catarinense lembrou as duras críticas que um dos formuladores econômicos do PT, o senador eleito Aloizio Mercadante (SP), fez no dia 2 de abril deste ano, em sessão conjunta de seis comissões da Câmara e do Senado ao atual presidente do BC. Disse Mercadante, na ocasião, que as taxas de juros estavam muito altas por falta de uma atuação mais firme do Banco Central, e que era preciso mexer -no coração- da política econômica.

Meirelles respondeu que as taxas de juros são o instrumento moderno para se controlar a estabilidade da moeda e das reservas cambiais. Sobre o Programa de Reestruturação do Sistema Bancário, o Proer, disse que é uma -opção de governos-, levantando a questão sobre se vale a pena deixar um banco quebrar e levar ao prejuízo todos os correntistas. Ele terminou por defender o Proer, classificando o programa de opção válida, desde que os diretores responsáveis pela insolvência da instituição sejam investigados e punidos, e os acionistas assumam o prejuízo.

Henrique Meirelles defendeu também o governo Fernando Henrique Cardoso, e apontou como grandes virtudes do atual governo a Lei de Responsabilidade Fiscal, as metas inflacionárias e o câmbio flutuante.



17/12/2002

Agência Senado


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