Althoff vai denunciar Farah por suspeita de apropriação indébita
Em sua defesa, Farah afirmou que os contratos não contêm nenhuma ilegalidade e foram aprovados em assembléia geral da FPF e pelo seu conselho fiscal. "Pode-se suspeitar de apropriação indébita, sim", afirmou Althoff.
O presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PDT-PR), e o relator disseram repetidas vezes não estarem convencidos das explicações dadas por Farah para contratos como o dele próprio prestando consultoria jurídica a uma empresa que, por sua vez, prestava serviços de contabilidade para a federação.
- Não nos é convincente e fica claro mais uma vez o conluio entre as pessoas que dirigem o futebol e as empresas que lhes prestam serviços - assinalou Althoff.
Álvaro Dias disse que a CPI está revelando que os dirigentes do futebol brasileiro não são apenas beneméritos trabalhando de graça, mas pessoas que recebem alta remuneração pelo trabalho, desde a CBF até os menores clubes, e que isso era um fato desconhecido não apenas pelo Congresso Nacional, mas também pela maioria da população. O senador criticou contrato firmado entre a federação e a empresa que produz os ingressos dos jogos, pertencente a Bruno Balcinelli, membro suplente do conselho fiscal da entidade.
- Acho que não é ético alguém que integra o conselho fiscal da entidade, realizar negócios com ela. É colocar o cabrito cuidando da horta. Essa CPI foi criada para tentar impedir essa prática - afirmou Dias.
25/10/2001
Agência Senado
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