ÁLVARO DEFENDE POLÍTICA DE EMPREGO E FUNDO PARA COMBATER A POBREZA



O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) defendeu, nesta sexta-feira (dia 01), a criação do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, de iniciativa do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, aliada a uma política do Executivo que regulamente o uso dos recursos desse Fundo. O senador disse que quer evitar que o Fundo "venha a se constituir em mais um sangradouro da sociedade, misturando-se na vala comum de gastos com outras destinações e distantes de seu nobre e original objetivo".
Na opinião de Álvaro Dias, é necessário haver controle para um programa de erradicação da pobreza, tendo em vista que os recursos destinados à área social muitas vezes perdem-se pelo caminho, "por entre os dedos das mãos sujas da corrupção de pessoas da administração pública".
A proposta de emenda constitucional que cria o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, observou o senador, é a responsável pela intensificação dos debates sobre o tema.
- O combate à pobreza ganhou vida própria a partir da iniciativa do presidente Ant0nio Carlos Magalhães, outorgando ao tema a dimensão relevante que efetivamente ele merece - disse.
A geração de renda para os menos favorecidos, acrescentou, também pode ser conseguida pela geração de emprego. Álvaro Dias ressaltou a importância dessa política, segundo ele muito mais relevante para a sociedade do que a simples manutenção de renda para desempregados. Observou, entretanto, que não se podem excluir os programas de renda mínima que garantam a sobrevivência dos mais pobres e de seus dependentes, dado o aumento do nível de desemprego por causas estruturais, como resultado de políticas econômicas e do avanço tecnológico.
O Plano Plurianual (PPA) para o período de 2000 a 2003, que está tramitando no Congresso, bem como o Orçamento da União para o próximo ano também são, segundo o senador, peças relevantes para garantir recursos à área social. Ele destacou ainda a importância da educação para melhorar o nível de renda da população, e das políticas de saúde e habitação.
Álvaro Dias criticou a distribuição dos recursos do BNDES, que nem sempre são aplicados em áreas que geram empregos, afirmou. Como exemplo, o senador citou a maciça aplicação desses recursos no setor automobilístico e de telecomunicações, que demitiram empregados. Em aparte, o senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) disse que é necessário haver melhor administração dos recursos públicos para o combate à pobreza.

01/10/1999

Agência Senado


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