Álvaro Dias: com aval presidencial, projeto da CPI do Futebol terá tramitação rápida
O senador Álvaro Dias (PDT-PR) cumprimentou nesta segunda-feira (22) o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, por ter subscrito, na última quinta-feira (18), o projeto de lei apresentado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol, presidida pelo parlamentar. O senador ressaltou o empenho do ministro dos Esportes, Caio Luiz de Carvalho, que pouco mais de 20 dias após ter assumido a pasta deu encaminhamento à proposta da CPI.
- Com o aval do presidente da República, com o Poder Executivo subscrevendo esta proposta de lei, teremos uma tramitação agilizada na Câmara dos Deputados, com o apoio das lideranças do governo - afirmou o senador, lembrando que a oposição já apoia o projeto.
O representante do Paraná manifestou sua expectativa de que também o Senado aprove a matéria em um curto espaço de tempo, possibilitando que o presidente da República sancione a matéria ainda este semestre.
Álvaro Dias quantificou a "grande importância econômica e social" dos esportes, que respondem por até 4% do Produto Interno Bruto (PIB) de países desenvolvidos. No Brasil, no entanto, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) trazidos pelo parlamentar, os recursos movimentados com o esporte correspondem a apenas 1,6% do PIB brasileiro. O senador acrescentou que apenas o futebol movimenta US$ 250 bilhões por ano em todo o mundo, gerando 400 milhões de empregos.
- Deixar de explorar o futebol como atividade econômica é irresponsabilidade e falta de visão pública - disse. Para o senador, isso significa "deixar de gerar emprego e renda para atender ao desejo de enriquecimento ilícito por dirigentes de alguns clubes".
O parlamentar mencionou que o Congresso Nacional aguarda a conclusão, pelo Ministério Público, das investigações criminais propostas pela CPI, para que sejam feitas as denúncias dos "cartolas responsáveis por tantas falcatruas e tanta corrupção". Ele pediu punição exemplar para os culpados.
Segundo Álvaro Dias, a nova legislação irá gerar "mais empregos, renda e receita pública, contribuindo de forma mais expressiva no processo de desenvolvimento econômico e social do país". Ele lembrou que a proposta obriga a implantação, nos clubes, de uma gestão empresarial, "substituindo uma gestão eminentemente amadora, que abriu um enorme espaço para a corrupção". Entre as inovações do projeto está a publicação de balanços pelos clubes, que devem também realizar auditorias independentes.
- A legislação passa a ser um alerta permanente, para que atos marginais, que contrariam o interesse público nacional, não sejam mais praticados por dirigentes brasileiros - afirmou.
22/04/2002
Agência Senado
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