Alvaro Dias contesta números do governo sobre execução do PAC
Matéria publicada pela revista Veja desta semana, que aponta lentidão da execução das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foi mencionada nesta segunda-feira (8) pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Ele voltou a criticar o governo federal, acusando-o de inflar as estatísticas relativas aos canteiros de obras em andamento.
Segundo Alvaro Dias, o governo teria executado, em dois anos, apenas 3%das obras do PAC, e não 15%, como afirma a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
- A ministra Dilma contestou os números [apresentados por Alvaro Dias em Plenário, na semana passada] afirmando que a execução chegou a 15%. Depois, retornamos a esta tribuna e mostramos que a ministra estava escamoteando a realidade, ao excluir os setores de habitação e saneamento, que correspondem a 35% do total do programa, para elevar o percentual de execução. Portanto, mistificação, ou mais popularmente, mentira - acusou o senador.
Chamando atenção para o objetivo predominante do PAC, que, em sua avaliação, é o de servir como marketing para o governo, Alvaro Dias lembrou que, do total de R$ 646 bilhões previstos para aplicação no programa, somente 14% deverão sair dos cofres do Tesouro Nacional. A maior parte dos recursos do PAC, segundo ele, deve se originar de investimentos de estatais, como a Petrobras, ou da própria iniciativa privada.
Cargos de confiança
Citando pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, Alvaro Dias acusou ainda o governo de aumentar em 27,3% os cargos de confiança - conhecidos como DAS - durante os dois mandatos do presidente Luis Inácio Lula da Silva. De acordo com o estudo apresentado pelo parlamentar, 25,9% dos ocupantes de funções com DAS na administração federal são filiados a partidos políticos, sendo 80% do PT.
08/06/2009
Agência Senado
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