Alvaro Dias critica crescimento da carga tributária no governo Lula
A partir de estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou nesta quarta-feira (5) o aumento da carga tributária no Brasil. Segundo o estudo, assinalou o senador, a carga tributária voltou a superar 40% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano.
- Os números são assustadores. A carga tributária atingiu 40,69% do PIB entre janeiro e março deste ano, contra 37,06% nos últimos quatro meses de 2005 e 41,23% em igual período do ano passado - relatou.
Apesar da arrecadação recorde, Alvaro Dias lembrou que houve diminuição dos investimentos públicos. Ele explicou que nos três primeiros anos do governo Lula, foram arrecadados R$ 25,2 bilhões, ou 69% menor em termos reais do que o montante gastono triênio anterior, quando foram investidos R$ 49,4 bilhões.
- Considerados apenas os número de 2005, o governo Lula arrecadou R$ 404 bilhões em tributos e investiu pífios R$ 10 bilhões, 2,47% daquele total, enquanto a rubrica "outras despesas correntes", que é o balaio no qual cabem todos os desperdícios públicos, totalizou R$ 55 bilhões. De cada R$ 100 arrecadados no ano passado, R$ 97,53 foram gastos com despesas correntes e com pagamento de juros da dívida pública. Apenas R$ 2,47 foram investidos em obras de infra-estrutura - afirmou.
Alvaro Dias defendeu uma reforma do sistema tributário que cumpra os preceitos de equidade, eficiência e neutralidade, competitividade e simplicidade. Para ele, o presidente Lula preferiu se apequenar em vez de fomentar o crescimento numa época de bonança sem precedentes.
- No mês de junho a saída de capital externo da Bolsa de Valores de São Paulo [Bovespa] foi recorde, chegando a R$ 2,26 bilhões. Mais uma vez ficou comprovado que foi inócua a decisão de isentar os investidores estrangeiros do pagamento de Imposto de Renda e da CPMF. Há uma clara sinalização de que o cenário onírico que muitos apostaram iria perdurar, foi substituído pela turbulência no mercado internacional - concluiu.05/07/2006
Agência Senado
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