Alvaro Dias diz que PSDB não aceitará reposição de carga tributária
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), durante discurso no Plenário nesta segunda-feira (17), disse que seu partido não compactuará com qualquer alternativa proposta pelo governo que implique em aumento de impostos.
- Não há hipótese de aceitarmos a alternativa de reposição da carga que retiramos e que pesava exageradamente sobre os ombros do cidadão brasileiro - disse, referindo-se à rejeição da proposição que previa a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), na última quinta-feira.
Alvaro Dias criticou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por defender a recriação da CPMF, até por meio de medida provisória - o que não é permitido pela Constituição - e afirmou que o país já arrecada dinheiro suficiente. O discurso do governo, salientou, não deve ser do aumento de impostos, mas da redução dos gastos.
- O governo é gastador e perdulário, gasta exageradamente onde não deveria. Cria estruturas desnecessárias, cargos comissionados, ministérios e gasta excessivamente com publicidade e cartões corporativos - assinalou.
Alvaro Dias também disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não influenciou a bancada tucana a votar contra a CPMF, como a imprensa chegou a divulgar, acrescentando que o líder dos tucanos, senador Arthur Virgílio (AM), "procurou ser o porta-voz da vontade da sua bancada" no processo de votação da proposta que prorrogava a contribuição.
Em aparte, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse ser uma grande injustiça acusar Fernando Henrique de ingerência na bancada. Já o senador Mário Couto (PSDB-PA) afirmou que os senadores devem se orgulhar de ter defendido o povo e enterrado a CPMF.
17/12/2007
Agência Senado
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