Álvaro Dias: no início PSDB tinha como compromisso combater a corrupção



A coerência de suas posições com o compromisso inicial do PSDB, expresso no manifesto e no programa do partido, foi defendida nesta quarta-feira (dia 5) pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Ele disse que não pôde deixar de dar apoio à CPI da Corrupção, atendendo a forte aspiração da população, que quer ver "uma atitude firme dos líderes políticos no combate à imoralidade, à corrupção e ao ranço fisiológico".

- Quando ingressei no PSDB, o fiz na convicção de estar ingressando num partido que assumia a democracia como valor fundamental, aliado a um desenvolvimento com justiça social. Um partido cujo compromisso firme com a ética e a moralidade abriam uma senda de esperança para o futuro desta Nação - afirmou Álvaro Dias.

O senador lembrou que, ao ser criado, o PSDB representava o projeto de uma utopia possível, capaz de imprimir uma feição moderna, democrática, solidária e justa ao país. Seu manifesto tomava como ponto de partida a situação de um povo frustrado e angustiado com o fisiologismo político e com a corrupção impune. Esse apelo, segundo disse, vinha ao encontro de suas convicções. Álvaro Dias considera que a decência, a transparência e a honestidade devem pautar, não só a administração pública, mas, acima de tudo, a vida concreta de cada homem público.

Na opinião de Álvaro Dias, o governo Fernando Henrique Cardoso não pode se colocar acima do bem e do mal, agindo como se "a enxurrada de denúncias" mantidas sem explicação não fossem com ele.

- A crise financeira, agravada pelo crise energética, colocou a nu as fraquezas de um governo que se perde pela auto-suficiência e arrogância. A situação agravou-se ainda mais com a crise política nascida da desconfiança em relação à enxurrada de denúncias de que são alvo pessoas próximas do próprio presidente. E isto é intolerável - disse Álvaro Dias.Segundo o senador, sua atitude ao assinar o pedido de criação da CPI da Corrupção não visou buscar um instrumento de desmoralização do governo mas sim uma maneira mais direta de enunciar que nada há a temer de uma investigação feita de acordo com os poderes que a Constituição confere ao Senado. "Não aceito ser recriminado pela minha coerência com o compromisso primeiro do PSDB", afirmou o senador.

05/09/2001

Agência Senado


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