Alvaro Dias pede reforma tributária urgente
Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (21), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que o país precisa de uma reforma tributária urgente. Segundo o senador, uma reforma nos tributos pode fazer a economia se movimentar mais e gerar até mais arrecadação para o governo.
O parlamentar relatou que o assunto foi tema de um ciclo de palestras realizado pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), em Itajaí (SC), no último sábado (19). De acordo com Alvaro Dias, que foi um dos palestrantes, o evento tinha como objetivo atender aqueles que pretendem se candidatar a vereador e a prefeito nas próximas eleições municipais e viabilizou o debate de temas importantes para a sociedade brasileira.
- Debatemos, na verdade, o futuro do país – disse o senador.
Alvaro Dias sublinhou que o brasileiro trabalha cinco meses do ano para pagar impostos. O senador disse que, em 2003, o brasileiro gastava 36,98% do que ganhava com o pagamento de impostos. Segundo o senador, hoje, esse número representa pouco mais de 40%. A maior parte dos recursos, disse o parlamentar, fica nos cofres da União, provocando reclamações entre estados e municípios e penalizando o setor produtivo.
- São 63 tributos! Onde, no mundo, ocorre algo semelhante? – questionou.
Para o senador paranaense, é preciso repensar o pacto federativo, buscando um maior equilíbrio entre os entes federados. Alvaro também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/2009, de sua autoria, que destina parte das contribuições sociais da União ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Outro projeto de autoria do senador (PLS 230/2009) altera a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para compensar os municípios com eventuais perdas de receita com incentivos tributários da União.
- A União tem feito muita cortesia com o chapéu dos outros – criticou.
Salários da CBF
Alvaro Dias ainda manifestou indignação com o aumento de salários dos dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O senador informou, com base em matéria do jornal Folha de S. Paulo, que o presidente da CBF, José Maria Marin, recebe R$ 160 mil por mês. Outro dirigente, Marco Polo Del Nero, ganha R$ 130 mil por mês. Segundo o senador, o ex-presidente Ricardo Teixeira ganhava R$ 98 mil de salário.
- Diante desses fatos, é impossível ficar calado – disse o parlamentar.
O senador lamentou que o governo não tenha dinheiro para pagar uma aposentadoria digna e a CBF pague salários altos a seus dirigentes, lembrando que a CBF é uma entidade paraestatal e, de maneira direta ou indireta, usa recursos públicos.
- Isso é estarrecedor. Não há como aceitar isso! Aguardamos as explicações da CBF para o povo brasileiro – concluiu o senador.
21/05/2012
Agência Senado
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