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Alvaro Dias alega que o Ministério Público de São Paulo finalizou investigação envolvendo a Bancoop, "na qual foram identificadas milhares de movimentações financeiras fraudulentas visando ludibriar os cooperados que aplicavam suas economias em empreendimentos imobiliários".

Segundo a denúncia, essas operações serviam para mascarar o desvio de dinheiro para o caixa dois de campanhas eleitorais. Em 2004, segundo o senador, a Bancoop já enfrentava um eminente colapso financeiro, quando foi socorrida "por uma imprudente aplicação de recursos", no montante de R$ 26 milhões, patrocinados pelos fundos de pensão públicos da Previ, Petros e Funcef.

"O Ministério Público afirma que os dirigentes da Bancoop, por meio de empresas de fachada, operaram um esquema de desvio de dinheiro para campanhas eleitorais que incluía até mesmo a extorsão das empresas responsáveis pela construção das obras, para que financiassem ilegalmente os políticos por eles indicados", contou Alvaro Dias.

Até a presente data, acrescentou, a Bancoop continua "em gravíssimo estado financeiro, tendo promovido calote em mais de quatrocentas famílias que não receberam os seus imóveis". O objetivo da investigação solicitada, conforme o senador, é "preservar os recursos públicos aplicados pela União nos fundos de pensão".

CPI das ONGs

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não Governamentais (ONGs), senador Heráclito Fortes (PI), também já solicitou aos integrantes da comissão que votem, o quanto antes, a quebra de sigilo bancário de ONGs que estão sendo investigadas. A intenção é averiguar se tais organizações estariam envolvidas nas denúncias sobre a Bancoop.

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB), assinou, na terça-feira (9), ato para a instalação de uma CPI para investigar a Bancoop.

As denúncias partiram de reportagens publicadas pela revista Veja e pelo jornal O Estado de S. Paulo, segundo as quais o promotor de Justiça José Carlos Blat aponta o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como responsável por supostos desvios de recursos da Bancoop.

Helena Daltro Pontual / Agência Senado

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