Alvaro Dias rechaça aprovação da CPMF em troca de sua destinação integral para o setor de saúde



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) rechaçou uma eventual proposta do governo de destinar ao setor de saúde 100% da receita auferida com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF) em troca da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga sua cobrança até 2011. Ele disse que o governo deveria ter aparelhado hospitais e contratado médicos quando instituiu a CPMF com o argumento de atender à saúde pública.

- Agora, na antevéspera de uma derrota, acena com uma proposta de atendimento à saúde pública? A proposta do governo não me convence - afirmou Alvaro Dias.

O representante paranaense defendeu a apresentação, ano que vem, de uma proposta de "um novo modelo tributário capaz de impulsionar o progresso econômico com a adequada distribuição de riqueza entre todos os brasileiros". Afirmou que o sistema tributário em vigor no Brasil cria "uma distância descomunal" do restante do mundo, além de colocar o país em desvantagem no mercado internacional.

Alvaro Dias qualificou como confisco a CPMF, que segundo ele arrecadou R$ 258 bilhões em 11 anos. Afirmou que o fim de sua cobrança "colocaria anualmente R$ 40 bilhões nas mãos dos brasileiros para estimular o crescimento econômico", o que, por sua vez, aumentaria a arrecadação de impostos.

O parlamentar elogiou o presidente interino Tião Viana por sua "correção, competência, inteligência política e habilidade". Tião, na presidência da sessão, agradeceu os elogios.

Em aparte, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse que notícia publicada na imprensa atribuía ao líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), reclamação acerca do "alto preço" cobrado por parlamentares para votar a favor da prorrogação da CPMF.



11/12/2007

Agência Senado


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