Álvaro Dias sugere pacto para aprovação de leis contra a privatização do setor de energia
- Não é justo que o governo entregue o que já funciona para o setor privado, desestimulando a realização de novos investimentos - disse.
Álvaro Dias afirmou que o governo foi imprevidente na questão energética e não injetou os recursos necessários para ampliar a capacidade de geração e transmissão de energia elétrica no país. Ele defendeu a retomada de investimentos por parte das estatais que ainda restam no setor, via recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a liberação de linhas especiais de crédito para o setor privado.
O senador também se posicionou, em especial, contra a privatização da Companhia de Eletricidade do Paraná (Copel). Além da eficiência da companhia, Álvaro ressaltou a importância da água que a Copel mantém armazenada, observando que esse patrimônio estratégico passaria para o setor privado.
Segundo Álvaro Dias, a água consumida no mundo é a mesma desde os primórdios da humanidade. Cerca de 97% da água existente, acrescentou, é constituída pelos mares e oceanos e inadequada para consumo, a não ser através de caros e complicados processos de tratamento.
- O mundo inteiro irá sofrer falta d"água e irá buscá-la onde estiver. Atualmente, em alguns países do Oriente Médio, já se cobra mais por um barril de água que por um barril de petróleo - afirmou.
Em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) atribuiu a culpa da atual crise do setor de energia elétrica à gestão do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
- A falta de planejamento do governo foi responsável por essa desastrosa administração - disse Simon.
Álvaro Dias classificou a falta de previsão do governo em relação à crise energética como um "equívoco imperdoável".
14/05/2001
Agência Senado
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