AMIR LANDO CONCLAMA SENADORES A LUTAREM PELA PETROBRAS



O senador Amir Lando (PMDB-RO) manifestou preocupação com uma possível decisão do governo brasileiro de privatizar a Petrobras. Para ele, a desestatização do setor petroquímico, a assinatura de contratos visando à venda da refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e a recente proposta de vender 31,7% das ações ordinárias com direito a voto seriam indícios da disposição do governo " privatizar a empresa pelas bordas".Lando propõe que o Congresso Nacional se una a população para defender a Petrobras. Na avaliação dele, os parlamentares abriram mão de discutir a venda da Companhia Vale do Rio Doce e também silenciaram na alienação de serviços estratégicos como energia e telecomunicações. O senador fez um relato sobre as privatizações brasileiras, afirmando existir uma estreita vinculação com o crescimento da dívida pública brasileira. Para ele, com uma dívida interna de R$ 500 bilhões, já não estão a salvo verdadeiros símbolos da nacionalidade brasileira, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras. Segundo Lando, já não se discutem seus valores enquanto atividade estratégica para a soberania nacional, mas como cifra para cumprimento das metas fiscais. "Poderão ser privatizadas pelo seu tamanho", lamentou.Para o senador, ao lado da dívida que cresce geometricamente, se soma a importância estratégica da Petrobras num contexto de matriz energética internacional que é desfavorável aos países credores. "O petróleo do Golfo Pérsico custa para o contribuinte americano cinco vezes o preço do mercado internacional, tendo em vista os gastos militares. Enquanto isso, há abundância de petróleo em países como México, Venezuela e Brasil". Amir Lando lembrou o caso do México que, quando recebeu empréstimo de US$ 50 bilhões, deu como contrapartida a disponibilidade de seu petróleo. - Ao pessimismo de um modelo cuja lógica perversa leva inexoravelmente à privatização da Petrobras só podemos contar com o otimismo que se molda na simbologia da empresa enquanto marco da história da soberania nacional - observou.

01/06/2000

Agência Senado


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