AMORIM CRITICA ATUAÇÃO DO IBAMA NA AMAZÔNIA



O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) disse hoje (dia 19) que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) atua na Amazônia obedecendo a interesses internacionais e deixando, com isso, de cumprir a legislação brasileira de preservação ambiental. Ele afirmou que "o Ibama não multa quem impede a regeneração de áreas de preservação permanente no Centro-Sul do país, não fiscaliza e não promove a recomposição das reservas florestais, mas oprime as populações da Amazônia".

- O Ibama é omisso e covarde porque oprime e humilha os migrantes, estes excluídos que buscam meio de vida na Amazônia, enfrentando a malária, a ausência de infra-estrutura pública e toda a sorte de dificuldades. O Ibama chega a deslocar fiscais de todo o Brasil para reprimir o povo de minha região - advertiu.

Depois de afirmar que o Ibama age na região como a Gestapo, a polícia alemã de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial, o senador salientou que o órgão "distribui multas e apreende madeira, em troca de diárias viabilizadas por convênios internacionais, que são estimulados pelas grandes empresas mundiais que exploram os recursos naturais, inclusive madeireiras, e querem conservar a Amazônia intacta, como reserva".

Amorim disse ainda que o Exército ajuda a reprimir a exploração dos recursos naturais da região, dando cobertura ao Ibama. Ele criticou algumas leis em vigor para o setor ambiental, que, segundo disse, teriam sido "aprovadas a toque de caixa pelo Congresso".

Dados apresentados pelo senador informam que a reserva florestal da Amazônia legal é de 50% da propriedade, nas áreas de zoneamento agro-ecológico, e de 80% nas áreas sem esse zoneamento. No restante do país, a reserva é de apenas 20% da propriedade, de acordo com a meta estabelecida pela Lei 7.803, de 18 de julho de 1989.



19/06/1998

Agência Senado


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