PARA AMORIM, MEMORANDO DO IBAMA PREJUDICA SETOR MADEIREIRO
O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) lamentou a ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que em seu memorando número 10/99 suspendeu as Autorizações de Transporte de Produto Florestal (ATPFs), prejudicando o setor madeireiro do estado de Rondônia, segundo o senador.- Ao agir assim, o Ibama fechou literalmente a porta de entrada e saída de matéria-prima para a indústria moveleira do meu estado, pois a ATPF nada mais é do que uma declaração que permite o transporte da madeira bruta até a fábrica, onde será beneficiada - disse o senador.Amorin registrou sua preocupação com a grave situação criada pelo "nefasto" memorando do Ibama. Para Amorim, esse é mais um capítulo da história em que o setor madeireiro é visto como vilão do meio ambiente, "e a ele são impostas sanções que ignoram totalmente a sua capacidade geradora de emprego, renda e impostos", completou.O que falta, segundo o senador, é uma política florestal que contemple ao mesmo tempo a preservação do meio ambiente e a manutenção da atividade madeireira. Para Amorim, os empresários têm plena consciência da necessidade de preservação e não desejam de forma alguma ver a Amazônia abalada por desastres ecológicos.Amorim informa que proposta nesse sentido com o título "Política de Sustentabilidade das Madeiras para Serraria e Laminação", elaborada pela Federação das Indústrias de Mato Grosso, já foi apresentada aos órgãos competentes e entregue ao presidente Fernando Henrique Cardoso.A proposta, segundo o senador, é bastante simples e representa hoje um consenso entre o empresariado de toda a Amazônia, contando também com o apoio da Confederação Nacional da Indústria. Entre os motivos que o levam a apoiar esse documento, Amorim citou a defesa da sustentabilidade, o favorecimento da pesquisa e da experimentação, e a promoção da atividade de reposição florestal, inclusive com financiamentos.
07/04/1999
Agência Senado
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