AMORIM DEFENDE POLÍTICA NACIONAL DE TURISMO QUE INTEGRE TAMBÉM O NORTE



O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) disse hoje (dia 20) que a Embratur "só se faz presente no Nordeste e Sudeste", e reivindicou uma política nacional de turismo para o país que não se limite à região litorânea.

- A política nacional de turismo é o instrumento governamental que deveria nortear o desenvolvimento do turismo, não só no aspecto econômico, mas favorecendo a diminuição das desigualdades regionais, a geração de empregos e renda e a integração ao mercado de trabalho de um contingente populacional de baixa qualificação profissional, através da execução de atividades correlatas - observou.

Para Ernandes Amorim, a desatenção da Embratur em relação ao Norte do país pode ser verificada no âmbito do Programa Nacional de Municipalização do Turismo, segundo ele totalmente desconhecido pelos 52 municípios de Rondônia. Afora a construção, há anos, de alguns hotéis financiados pela Sudam com incentivos do antigo Fundo 157, Rondônia não teve acesso a qualquer outro programa para desenvolver o turismo no estado, afirmou.

Em aparte, o senador Joel de Hollanda (PFL-PE) ponderou que as ações da Embratur, presidida por Caio de Carvalho, são de apoio e estímulo às iniciativas dos próprios estados e municípios. "Se o Nordeste hoje está explodindo como destino turístico é porque há muitos anos a região faz investimentos nesse setor", explicou. O senador Ramez Tebet (PMDB-MS), por sua vez, disse que faltam incentivos para que os próprios brasileiros conheçam o Brasil e que uma simples redução no preço das passagens aéreas terá impacto positivo.

Já o senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) considerou que, se o país investisse mais na indústria do turismo, "o retorno seria alto". Por outro lado, o senador Carlos Wilson disse que a medida de redução das passagens foi fundamental para o turismo nordestino neste ano, medida cujo incremento ele atribui à Embratur e seu presidente. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) deu o exemplo da Espanha, que tem no turismo uma de suas maiores fontes de emprego e renda, apesar de contar com território e condições naturais muito inferiores aos do Brasil.

Para o senador Esperidião Amin (PPB-SC), o esforço do país para recuperar o tempo e as oportunidades perdidas nesse setor deverá ser imenso, mas, como acentuou, o ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo, Francisco Dornelles, e o presidente da Embratur têm procurado diversificar qualitativamente a expansão do turismo brasileiro.



20/01/1998

Agência Senado


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