AMORIM DIZ QUE MANTÉM ASSINATURA SOLICITANDO REALIZAÇÃO DE CPI
O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) disse, na sessão plenária desta sexta-feira (dia 20), que vai manter sua assinatura apoiando a realização de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o processo de privatização no país. Segundo o senador, as explicações do ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, durante depoimento ao plenário do Senado na última quinta-feira (dia 19) não foram suficientes para informar sobre todas as operações realizadas nesse processo.- Estou aqui como um senador eleito pelo meu estado. Não vim aqui para ser subserviente nem capacho. Acho que temos que investigar as privatizações e não podemos ficar de braços cruzados ao ver o patrimônio público sendo trocado não se sabe por que - disse.Amorim fez um requerimento à Mesa do Senado solicitando informações ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, sobre quais as empresas que foram privatizadas neste governo, o valor cobrado por cada uma, a aplicação dos recursos obtidos com a venda das estatais e ainda as operações com títulos da dívida pública. O senador quer que a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado faça uma espécie de CPI permanente para acompanhar e investigar o processo de privatização das empresas estatais.- Não são as informações prestadas aqui pelo ministro Mendonça de Barros que vão esclarecer todo esse processo. Queremos saber onde estão esses R$ 80 bilhões obtidos com todo o processo de privatização que vem sendo feito no país - afirmou.Em aparte, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) disse que respeitava a posição de Amorim, mas lembrou que o governo "adotou uma mentalidade desestatizante". Com isso, as privatizações têm por objetivo passar para a sociedade o controle total da economia, seguindo as regras do mercado livre e aberto.A condução do processo de privatização e os interesses "acirrados" das partes interessadas, observou Gilvam, não poderiam impedir o governo de abrir linhas de financiamento, através dos bancos estatais, para que o empresariado nacional também participasse dos leilões. Gilvam informou que conversará com Amorim, em seu gabinete, para que este retire sua assinatura do pedido da realização da CPI.
20/11/1998
Agência Senado
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