Ana Amélia diz que alguns integrantes da CPI do Cachoeira querem fragilizar a imprensa



A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse, em pronunciamento nesta segunda-feira (7), ter percebido, por parte de alguns senadores e deputados, uma tentativa de se colocar a imprensa “no mesmo balaio dos responsáveis pelas irregularidades até agora conhecidas e estabelecidas” nas investigações de ilegalidades cometidas pelo bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. As ligações dele com autoridades públicas são motivo de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional.

_ Todas as pessoas comprovadamente culpadas devem ser punidas. Agora, colocar todos os veículos de comunicação contra a parede, me parece uma tentativa de fragilizar de algum modo a imprensa – afirmou a parlamentar, que disse ter sido jornalista por 40 anos, sem ter exercido função diretiva nem ser detentora de ações nas bolsas de valores de meios de comunicação.

A representante gaúcha no Senado Federal afirmou que é pela imprensa que o povo brasileiro fiscaliza o trabalho dos políticos. Ela lembrou que as denúncias divulgadas pelos meios de comunicação já motivaram a abertura de outras CPIs, que “provocaram saída de personagens importantes, como presidentes e ministros, e que pareciam ter revelado até onde a corrupção pode ir”.

_ Se não tivéssemos acesso às reportagens diárias que nos levaram às suspeitas de envolvimento de parlamentares e governadores, ainda estaríamos aqui em Plenário defendendo o mandato de pessoas que se diziam os xerifes da moral e também da dignidade – acrescentou, pedindo uma apuração rigorosa das irregularidades, respeitados todos os direitos de defesa.

Homenagem

No mesmo pronunciamento, a senadora assinalou o centenário de nascimento do senador Guido Mondin, que foi também ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), deputado estadual e federal e prefeito de Caxias do Sul, além de escritor e pintor afamado. Ana Amélia observou a presença, em Plenário, da filha do homenageado, a servidora aposentada do Senado Talita Mondin Leivas.

Fundo Aerus

A parlamentar também pediu que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), coloque em julgamento a ação sobre a defasagem tarifária que prejudicou a companhia aérea Varig, que comemora 85 anos de fundação nesta segunda-feira. Ela leu carta do ex-comissário da Varig Elcion Zingano, segundo o qual “quem perdeu com a saída da Varig do cenário da aviação brasileira foi o Brasil e seu povo”. A correção da defasagem beneficiaria os integrantes do fundo de pensão Aerus, que reúne ex-funcionários da empresa.

A representante gaúcha ainda informou a posse, nesta segunda-feira, do empresário Ricardo Russowsky como presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) e da Associação Comercial de Porto Alegre.



07/05/2012

Agência Senado


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