Ana Rita lembra golpe no Chile e cobra revisão da Lei da Anistia



A senadora Ana Rita (PT-ES) lembrou, nesta segunda-feira (16), os 40 anos do golpe militar no Chile e da morte do presidente Salvador Allende, a quem classificou como um dos maiores ícones da esquerda latino-americana. Lembrando a violência do regime liderado pelo general Augusto Pinochet, a parlamentar cobrou a alteração da Lei da Anistia no Brasil, de modo a punir agentes públicos que tenham praticado tortura.

- A não punição desses crimes da ditadura abriu precedentes para a impunidade na democracia. No Brasil, agentes do Estado continuaram cometendo crimes e praticando a tortura, não mais contra os comunistas e os inimigos políticos do regime, mas principalmente contra os pobres e os negros moradores das periferias - afirmou.

A  senadora disse que, no governo de Allende, "o povo passou a encontrar-se consigo mesmo" por meio de profundas reformas que - opinou - incomodaram profundamente a elite chilena.

- Medidas importantes foram tomadas, dentre as quais menciono a nacionalização de setores estratégicos da economia, com destaque para a transferência do controle das minas de carvão e de cobre e dos serviços de telefonia da iniciativa privada para o Estado, o aumento de salários dos trabalhadores, dentre diversas outras - enumerou.

Ana Rita sublinhou que, além de derrubar um governo popular e democrático, o golpe militar fez do Chile um "laboratório do modelo neoliberal", que veio a ser seguido por outros países da região, cujos resultados "todos nós aqui conhecemos bem".

A senadora citou estudos sobre a violência da ditadura no Chile, que estimam em até 100 mil as vítimas do regime, e lembrou que persistem as divisões profundas no tecido social chileno, com efeitos na campanha presidencial daquele país.



16/09/2013

Agência Senado


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