Análise do projeto F-X2 deve ser retomada em novembro, segundo Defesa



O Ministério da Defesa estima que o processo de escolha de um fornecedor para o novo avião de caça da Força Aérea Brasileira (F-X2) deverá ser retomado em novembro, concluídas as eleições presidenciais, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (6). Na ocasião, o ministro Nelson Jobim afirmou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou interesse de debater o assunto com seu sucessor(a).

A informação foi dada em entrevista coletiva, após a abertura do seminário reaparelhamento das Forças Armadas, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Jobim reiterou que não há decisão tomada, e disse que a sugestão a ser enviada pela Defesa ao presidente dará prioridade à transferência de tecnologia do fornecedor, e essa transferência terá que ser garantida pelo governo do país de origem da empresa. “O que queremos é capacitação nacional, não queremos (apenas) um avião”, justificou.

A escolha do fornecedor apenas iniciará nova etapa de negociações dos contratos comercial e financeiro, que podem demorar alguns meses. No caso dos submarinos, as negociações demoraram quase um ano, após a decisão sobre o fornecedor. As primeiras unidades do novo caça deverão chegar ao Brasil em 2016, segundo o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito.

Segundo a Defesa, os planos de equipamento das Forças Armadas, ajustados às necessidades futuras, ainda estão em elaboração, e terão horizonte de 20 anos. O projeto F-X2 fará parte desse plano, em conjunto com o Pro-sub (construção de submarinos);  os blindados Guarani, que substituirão os Urutus; os 50 helicópteros de transporte da Helibrás, e o avião cargueiro em desenvolvimento pela Embraer, o KC-390.

Também farão parte o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), ambos baseados em satélites.

O ministro Jobim explicou que não há valores definidos para o plano. “O número é conseqüência da necessidade”, mas apontou caminhos que poderão complementar receitas orçamentárias: cobrança de prêmio dos bancos que pagam salários dos militares; receitas de um fundo imobiliário com patrimônio não operacional das Forças, entre outros.

Jobim citou aos empresários o projeto do KC-390 como um paradigma a ser seguido: ele ocupará um nicho de mercado internacional, pois poderá substituir os Hércules que sairão de linha em todo o mundo nos próximos anos, e conta com parcerias para sua produção. Já há acordos com Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.

 

Fonte:
Ministério da Defesa



06/10/2010 18:09


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