ANEEL GARANTE QUE GOVERNO INVESTE EM LINHAS DE TRANSMISSÃO
Com relação ao gás natural, José Mário Abdo acredita que essa fonte de energia será benéfica para o país e, apesar de nova, já passa a se inserir dentro da política do setor elétrico brasileiro. Ele avalia que o crescimento econômico brasileiro exige novas fontes de energia, como gás natural, nuclear, eólica (vento), além de fontes renováveis.
José Abdo, que compareceu à Comissão de Assuntos Econômicos para debater a política de preços para a indústria do gás natural, informou ainda que a Aneel vem incentivando os chamados produtores independentes de energia através da construção de pequenas hidrelétricas. Atualmente, acrescentou, já são mais de cem produtoras independentes gerando 1.500 megawatts, o equivalente ao consumo de um pequeno país.
O diretor-geral da Aneel salientou que o sistema elétrico brasileiro está preparado para atender ao crescimento da demanda do consumo de energia. Ele deu destaque ao surgimento da figura do comercializador de energia. Atualmente, segundo informou, existem no país 23 empresas autorizadas pela Aneel que comercializam energia, gerando a livre competição. Isso, a seu ver, força a baixa do preço final da energia ao consumidor.
DEBATES
Autor do requerimento da audiência pública que reuniu autoridades do setor energético, o senador Ricardo Santos (PSDB-ES), defendeu a flexibilização das tarifas de gás natural. A seu ver, um estado próximo à fonte produtora não pode pagar o mesmo preço cobrado de um estado longe de uma termelétrica.
Ricardo Santos acha que essas distorções do preço do gás natural a nível nacional vêm diminuindo a competição no setor de produção. Para ele, a política de unificação dos preços contribui para o desinteresse na produção. Mas manifestou a certeza, com base nos depoimentos, de que a flexibilização dos preços virá em futuro próximo.
O senador também defendeu a cobrança separada dos custos da extração, transporte e distribuição do gás natural. Desta forma, os centros produtores teriam maior competitividade, com reflexos positivos na política de preços do produto. Para ele, os mais próximos dos centros produtores devem ter condições de comprar o produto a um preço muito mais barato. "Hoje isso não ocorre", criticou.
21/11/2000
Agência Senado
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