Antero Paes de Barros denuncia tentativa de mancharem sua honra
De acordo com Antero Paes de Barros, essa notícia foi trabalhada para tentar atingir sua honra. Ele sustentou que é infinitamente mais fácil o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, fazer passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que tentar ligá-lo ao crime organizado. Referindo-se a José Dirceu como "Dr. Joseph", disse ainda o senador:
- O "Dr. Joseph" precisa entender que não tenho nenhum receio deste terrorismo eleitoral. Quero deixar claro que o apavoramento do PT por causa das pesquisas eleitorais e da situação eleitoral do partido não pode ser trazido para tentar macular a honra alheia. Eu sou geneticamente honesto. Meu avô foi honesto. Meu pai é honesto, eu sou honesto, meus filhos são honestos, meus netos também o são. Não aceito este tipo de política praticada às vésperas de uma eleição - disse.
O senador explicou que a operação divulgada por jornais do seu estado como sendo ilícita foi realizada pelo comitê financeiro do seu partido, na campanha eleitoral de 2002, mediante a venda de créditos consistentes em cheques pré-datados de terceiros, resultantes da venda de mesas compradas pelos que participariam de um evento realizado pelo PSDB para arrecadar fundos. Também esclareceu que toda a operação constou da prestação de contas do partido à justiça eleitoral. - Nem eu nem o ex-governador Dante de Oliveira jamais realizamos operação de qualquer espécie com a Vip Factoring ou com qualquer outra empresa de fomento mercantil, com a finalidade arrecadar recursos financeiros para campanhas eleitorais. Todos os recursos em 2002 foram conseguidos dentro dos limites legais e constam da prestação de contas feita à justiça eleitoral - afirmou. Em aparte, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) considerou bizarro que um homem honrado como Antero Paes de Barros precisasse ir a Plenário defender-se desse tipo de acusação. Arthur Virgílio lembrou que, enquanto o senador mato-grossense se defendia em Plenário "como um leão", o ministro José Dirceu quando, depois de muito hesitar, levou a mensagem do presidente da República ao Legislativo, foi "com um sorriso amarelo e lembrando um coelho". - Ele estava acoelhado naquele dia. E um homem não deve acoelhar-se em nenhum momento, ainda que seja a hora de sua morte - disse Arthur Virgílio.15/09/2004
Agência Senado
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