Antero rebate críticas de Maguito ao governo



Em resposta ao discurso do presidente do PMDB, senador Maguito Vilela (GO), que rebateu declarações do governador do Ceará Tasso Jereissati dizendo que a maioria dos escândalos que atingiram o governo tiveram origem no PSDB e não no PMDB, o senador Antero de Barros (PSDB-MT) afirmou que nem Jereissati nem Maguito deveriam colocar divergências estaduais acima dos interesses nacionais. Ele avaliou que, apesar de ambos ocuparem postos importantes, tanto o governador quanto o presidente do PMDB emitiram opiniões pessoais, que não representam a dos seus partidos.

Defendendo a superação de desacordos na base governista, Antero afirmou sua solidariedade à reação indignada de Maguito a Jereissati, mas patenteou discordar das acusações feitas pelo senador de Goiás ao governo de Fernando Henrique Cardoso.

Ao dizer que o PMDB deveria sair da base do governo, explicou Antero, o governador do Ceará expressou uma opinião pessoal, já que não há qualquer deliberação do PSDB nesse sentido. Maguito Vilela, por sua vez, teria dado prioridade a seus interesses eleitorais em Goiás, contrários ao governador do estado, Marconi Perillo, do PSDB.

- As pessoas não podem ser pigmeus na política - advertiu, considerando que os políticos têm de ser coerentes no que pregam. Nesse sentido, Antero apontou que Maguito, como senador, falava contra a privatização da companhia de distribuição de energia de Goiás, mas, quando governador, foi favorável à privatização da geração de energia do estado. Antero disse também não poder aceitar que apenas hoje Maguito viesse falar da compra de votos na época da reeleição.

- Essa denúncia, hoje, é oportunismo puríssimo, depois de participar seis anos e meio do governo, até com indicação de ministros - opinou, comentando que a população não convive bem com deslealdades.

Antero rebateu ainda tese da oposição e de Maguito segundo a qual o governo fez todo o possível para barrar a CPI da Corrupção. A seu ver, pautada pelo "quanto pior para o Brasil, melhor para a oposição ganhar a eleição", falta conteúdo político à CPI.

21/06/2001

Agência Senado


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