Marina rebate críticas ao acordo do governo do Acre com o BID



A senadora Marina Silva (PT-AC) criticou as manifestações dirigidas contra o acordo que o governo do Acre vem negociando com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar o desenvolvimento sustentável do estado. A senadora disse que os críticos estariam agindo por desinformação ou má fé. Ela explicou que, apesar de não costumar debater assuntos locais no Senado, resolveu se pronunciar em resposta a discurso feito em Plenário pelo senador Nabor Júnior (PMFB-AC), na última sexta-feira (dia 22).

Naquela ocasião, Nabor Júnior pediu explicações sobre os termos do empréstimo que o governo acreano está assinando com o BID. Ele também citou denúncias feitas pela imprensa do estado, no sentido de que o empréstimo teria como garantia a concessão de quatro reservas florestais, num total de 600 mil hectares, para exploração madeireira.

De acordo com a senadora pelo Acre, a criação de florestas estaduais não está incluída no contrato com o BID como garantia, mas sim como meta do governo.

- Não é o banco que está pedindo ao governo que crie as florestas públicas, mas o governo já tinha essa proposta, definida a partir do zoneamento ecológico-econômico que está sendo elaborado - explicou Marina Silva.

A criação de florestas públicas de produção e seu aproveitamento em regime de concessão para fins de manejo sustentável, acrescentou a senadora, é uma das prioridades do Programa Nacional de Florestas lançado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso via decreto, em 20 de abril do ano 2000.

Marina Silva também rechaçou denúncia de que o acordo tenha sido feito "na calada da noite". A senadora registrou que os termos do contrato vêm sendo debatidos há dois anos e as informações estão divulgadas no site do governo do estado na Internet. Ela acrescentou que as negociações envolveram uma comissão de acompanhamento integrada por representantes de mais de 20 entidades da sociedade civil organizada a partir de diferentes setores.

- Os que hoje criticam, o fazem por achar que o acordo será ruim para seu projeto político. Graças a Deus nunca partilhei desse tipo de postura: de associar ou condicionar meu posicionamento político ao que em primeiro lugar me favorece do ponto de vista dos votos - afirmou Marina Silva.



26/03/2002

Agência Senado


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