Antero repudia declarações de ACM



O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), segundo secretário da Mesa do Senado, repudiou nesta sexta-feira (dia 23), com veemência, as declarações que teriam sido dadas a membros do Ministério Público pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), conforme reportagem da revista IstoÉ. Ele qualificou o senador baiano como "coveiro da ética" e solidarizou-se com o presidente Fernando Henrique Cardoso, com a senadora Heloísa Helena (PT-AL), com os membros do Judiciário e com o governador Siqueira Campos, todos atingidos pelas declarações.

- É preciso que o governo tome as providencias necessárias antes do carnaval e deixe claro perante a opinião pública que não vai aceitar mais uma punhalada. Que essa tenha sido a última punhalada - advertiu.

Antero aplaudiu as medidas anunciadas pelo presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), que assinou três atos destinados a esclarecer os fatos citados pela revista. Um desses atos reporta-se ao ex-diretor da Secretaria de Comunicação Social Fernando César Mesquita, que foi criticado por Antero. Segundo o senador, ao passar informações sigilosas sobre as contas bancárias do ex-senador Luis Estevão, que estava sofrendo processo de cassação, Mesquita estaria provocando constrangimento e forçando a antecipação da sentença.

O senador desqualificou os desmentidos apresentados por Antônio Carlos ao conteúdo da matéria da IstoÉ.

- Entre o que ACM disse que foi fazer e o que a IstoÉ publicou, qualquer criancinha do Mato Grosso sabe quem está com a verdade. Acreditar na versão dele é o mesmo que acreditar em Papai Noel e na cegonha - disse o senador

O senador discordou da avaliação do senador Roberto Requião (PMDB-PR), para quem Antônio Carlos "estaria prestando um grande serviço ao país". Para Antero, as declarações atestam "a ingratidão e a deslealdade que sempre estiveram presentes na vida política do ex-presidente do Senado".

Ao instruir os membros do Ministério Público a solicitarem a quebra do sigilo bancário do ex-secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge, no período 94/98, pois assim poderiam "pegar" o próprio presidente da República, ACM - disse Antero - demonstra que sonegou informações à CPI do Judiciário. "Que poder é esse de só encaminhar os assuntos que o interessavam?", perguntou.

Antero também considerou "gravíssima" a declaração de Antonio Carlos de que a senadora Heloísa Helena (PT-AL) teria votado contra a cassação do então senador Luís Estevão (PMDB-DF), uma vez que ele só poderia conhecer o voto da senadora por meio da violação do painel eletrônico.

O senador rebateu as acusações feitas contra os ministros Nelson Jobim e Ellen Gracie Northfleet, do Supremo Tribunal Federal, lembrando que o ministro Jobim "é um estudioso da Constituição e foi "um primoroso orientador" no período da Constituinte.

Antero também solidarizou-se com o governador Siqueira Campos, do Tocantins. Antonio Carlos disse que o governador teria participado de inúmeras irregularidades juntamente com o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) naquele estado.

O segundo secretário afirmou que "a bandeira da moralidade não fica bem nas mãos de Antonio Carlos Magalhães, cuja escalada política foi toda marcada por atos de traição e oportunismo", e anunciou o enviou de telegrama ao presidente da República no qual afirma que "os tucanos têm orgulho da sua administração em favor do Brasil".

23/02/2001

Agência Senado


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