Antonio Carlos apóia CPI para apurar comércio de filiações



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, disse nesta segunda-feira (dia 12) que apóia a formação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar denúncias de que houve comércio em torno de filiações partidárias. Ele observou que na Bahia já surgiram provas sobre esse fato, ressalvando que isso também acontece em outros estados. Para o senador, o Congresso tem obrigação de tomar medidas "para impedir que se desmoralize a política brasileira com esses métodos".

Antonio Carlos enfatizou que também é favorável a qualquer outra CPI que algum partido venha a sugerir com objetivo de moralizar a vida política e preservar as prerrogativas do Congresso.

O senador afirmou que tem conhecimento de outras gravações comprovando o comércio de filiações partidárias na Bahia, além das que já foram apresentadas. Ele disse que essas fitas vão surgir "ao longo do tempo", mas considerou pouco provável que sejam divulgadas antes das eleições para renovação das Mesas do Senado e da Câmara. A eleição no Senado está marcada para as 15h da próxima quarta-feira (dia 14) e a da Câmara, no mesmo dia, não tem ainda horário definido.

- E nem desejo isso, para que não pareça que elas influenciaram no resultado das eleições - disse.

Impedimento

O senador Antonio Carlos qualificou de "brincadeira de quem não tem outra coisa a fazer" as notícias veiculadas pela imprensa segundo as quais a direção do PMDB deverá pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o impedimento do presidente do Senado para presidir a eleição marcada para a sessão de quarta-feira.

- Não creio que tenham coragem de pedir, mas se pedissem seria bom porque eu já entraria com mais força para presidir a sessão, com a unanimidade do Supremo, que é um órgão sério e não se presta a essas brincadeiras que os ignorantes querem fazer - afirmou.

Com relação à disputa pela presidência do Senado, Antonio Carlos disse que não fala em nomes, mas garantiu que o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e o líder Hugo Napoleão (PI), estão cuidando desse assunto, e concluiu: "Vamos vencer a eleição".

12/02/2001

Agência Senado


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